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O Rei do Show | Crítica - Hugh Jackman = Homão da Po#r@

  • J.V. Vicente
  • 28 de dez. de 2017
  • 2 min de leitura

É muito interessante analisar a situação atual da 21t Century Fox. A indústria cinematográfica acaba de ser comprada pela Disney, justamente em um ano que produziu obras que conquistaram público e crítica. O musical “O Rei do Show” é mais um dos filmes de sucesso que ficaram na história da Fox neste ano de 2017!

Estrelado pelos atores Hugh Jackman, Michelle Willians, Rebecca Fergurson, Zac Efron e Zendaya, o musical é dirigido por Michael Gracey e roteirizado por Jenny Bicks e Bill Condon.

“O Rei do Show” é um filme de sensibilidade. Além de possuir beleza estética e musical, o longa demonstra ser, como é citado em uma fala do próprio: “uma celebração à humanidade”.

O roteiro escrito por Jenny Bicks (Sex and the City) e Bill Condon (A bela e a Fera) é simples e dinâmico, o que não atrapalha em nada o desenvolvimento dos discursos da trama. A história não só respeita e homenageia a diversidade, como também faz críticas ao capitalismo e à hipocrisia dos discursos dos aristocratas.

As subtramas passam de forma discreta à análise psicológica sobre o que está por trás do preconceito, discriminação e separatismo social. Por meio dos personagens o filme mostra que esses problemas sociais são gerados pelo sistema e pela intolerância, e que com isso, contribuem para a construção de seres humanos infelizes.

As coreografias e performances de canto do elenco são emocionantes. A fotografia é fascinante, com trabalhos de câmera que incluem Primeiro Pano e Plano Geral, as cenas passam as sensações corretas.

As letras musicais são lindas e inteligentes. E com o uso da metalinguagem, adequam-se perfeitamente ao momento em que estão inseridas e mostram de forma subliminar e sentimental as mensagens que querem transmitir.

Os atores, menção honrosa para o elenco infantil, têm desempenhos excelentes.

Hugh Jackman é um verdadeiro “showman”, o longa deu ao artista a oportunidade de mostrar de maneira grandiosa e esplêndida seus talentos para atuação, canto e dança. Um dos outros pontos positivos do longa é mostrar os personagens de maneira honesta, com falhas e virtudes. Diferente do que o trailer aparenta, PT Barnum (Jackman) não é romantizado como um protagonista heróico ou uma pessoa decente. O roteiro o retrata como um homem carismático, doce e genial, porém também como um malandro vigarista, picareta e ambicioso que visa o lucro e leva tudo na lábia e conversa mole.

No entanto, o brilho não fica apenas com ele, como também os outros nomes do elenco. Zac Efron e Zendaya trabalham de forma competente, como esperado. A atuação do casal como atores e cantores não é surpresa, considerando o histórico dos dois desde a Disney. Duas mulheres poderosas que também marcam presença são Michelle Willians e Rebecca Fergurson, cuja performance é competente e deslumbrante.

Infelizmente, os personagens referentes aos artistas do Circo não têm o mesmo espaço que os atores principais, porém conseguem gerar uma conexão com o público. Quem possui um espaço considerável em tela é o anão Charlles Stratton, interpretado por Sam Humphrey, o que foi muito correto considerando o fato de que a pessoa na vida real teve grande importância na história de P T Barnum.

Um belo musical, o filme conquista e envolve o espectador.

Nota 4,5 / 5

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