Operação Red Sparrow | Crítica - Não é uma “Salt” e nem uma “Atômica”
Em primeiro lugar: a avaliação presente nesse texto é uma análise cinematográfica; em segundo: a intenção é de informar o público, que assim como eu, pode se iludir indo ao cinema esperando a coisa errada.
O filme é dirigido por Francis Lawrence (Eu sou a Lenda, Constantine e Jogos Vorazes: Em Chamas) e protagonizado pelos atores Jennifer Lawrence(Jogos Vorazes, Mãe, O lado bom da Vida) e Joel Edgerton (Exodus: Deuses e Reis e O Grande Gatsby). Operação Red Sparrow, conta a história de uma jovem russa que é obrigada a entrar em um programa de treinamento para espiões. Dominika Egorova (Lawrence) aprende como ser uma Sparrow, agentes treinados para usar sedução, mas acaba se envolvendo com seu alvo, o agente da CIA, Nathaniel Nash (Edgerton).
O filme pode até parecer uma história de espionagem e suspense ao estilo “Salt”, mas na verdade tem muito pouco haver com isso. A trama é uma análise da perversidade humana. O objetivo parece ser uma reflexão das partes doentias da sociedade. Operação Red Sparrow é longo, tedioso e arrastado. Definitivamente não é um filme dinâmico como “Atômica” e as cenas mórbidas lembram o longa de Will Smith, “Eu sou lenda”, também dirigido por Francis.
Agora, é preciso reconhecer as qualidades do longa, que são exclusivamente de âmbito visual. As cenas de Plano Geral e Primeiro Plano são excelentes. Os Takes de Campo, contra-campo e closes fornecem a sensação de ansiedade e choque que o filme quer passar. Outra coisa boa são as reviravoltas e o clima de desconfiança, que são coisas esperadas em uma trama de espionagem.
Também é preciso reconhecer que o filme é ousado, e consequentemente, controverso. Muitas das cenas mais chocantes apresentam uma gráfica crua e explícita.
Se você está procurando um filme de “Viúva Negra” vai odiar esse filme. Agora se você é um daqueles que adoraram o filme “Mãe”, também protagonizado por Lawrence, irão se fascinar com as coisas mostradas nesse longa. Entendam, eu disse “fascinar”, não quis dizer necessariamente que vão gostar.
Nota: 2,5/5,0
Crítica por: J.V. Vicente, Estudante de Jornalismo da Anhembi Morumbi, 7º Semestre
Revisado por: Paulo Lídio, JV Vicente, Estudante de Jornalismo da Anhembi Morumbi, 7º Semestre