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Felipe Savioli

Destiny 2 | Crítica - Por que o game da Bungie conseguiu perder grande parte de seus jogadores?


Destiny 2 ficou abaixo do esperado pelos fãs.

O segundo semestre de 2017 não tem sido muito bom para a produtora Bungie. Tirando os últimos meses de glória do Destiny 1, no qual grande parte de seus jogadores reclamavam de armas extremamente “overpowered”, a desenvolvedora tem se visto em um grande dilema: Onde erramos com a sequência de Destiny?

Antes de criticarmos o game, vale ressaltar que a história de Destiny 2 foi melhor desenvolvida do que a de seu antecessor. Desta vez, os guardiões sabem o que enfrentar (Ghaul, o líder dos cabais), o que temer (que nunca mais retomaram o poder da luz, concedida pelo Viajante) e o que fazer. Mas, se a produtora consertou um dos principais problemas da franquia, por que as

pessoas não querem mais jogar?

Podemos tomar nota de várias pequenas coisas que estão afetando o game. Primeiramente, podemos falar do loot (recompensa após completar qualquer atividade) que o guardião tem ganhado em Destiny 2: É claro que a ideia da Bungie de não ter mais diferentes perks (acessórios e vantagens que podem deixar a arma mais poderosa) para as armas, deixando com que os jogadores que obtiveram aquela arma não precisassem mais “caçá-la”. A principio, a ideia de você ter apenas uma base de vantagens para cada arma é uma ideia muito bem projetada pela produtora. Porém, se você obteve a arma que queria, por que vai continuar jogando?

Outro fator desapontador do loot em Destiny 2 são os ganhos pelos players na Raid (principal desafio do jogo). Em seu antecessor, todas as armaduras da incursão davam alguma vantagem para o guardião, enquanto este tentava completar essa difícil missão. Aí fica a pergunta: Por que você precisa jogar a raid, se as armaduras e armas que você ganha não trarão benefício nenhum?

Já que tocamos no assunto incursão, já cito que ela não estará fora da minha crítica negativa. É claro que toda raid tem que ter a sua mecânica, porém é necessário uma mescla com os chefões também. No Leviatã, temos apenas mecânicas e um boss, que derrotamos através de outras mecânicas. Fica chato, não fica?

Mas o ponto mais decepcionante em Destiny 2 é o modo crisol, o modo competitivo do jogo. Um dos fatores, até hoje, não completamente entendido pelos amantes da franquia é a mudança do modo 6 x 6 para 4 x 4. A única parte que não precisava ser alterada para o game do ano parece ser a única que ganhou mais atenção.

Destiny 2 não é um jogo ruim, mas os jogadores reclamavam de repetitividade no seu antecessor e gastavam mais horas tentando ganhar os loots, fazendo coisas repetitivas, do que experimentar coisas novas em Destiny 2 e quase não ser recompensado.

O que pode salvar o ano da franquia é a primeira expansão do game, A Maldição de Osiris, que poderá ser jogada dia 5 de dezembro. Mas o primeiro saldo que fica para o segundo semestre de 2017 da Bungie é que eles poderiam ter feito mais e melhor do que o que foi entregue.

O jogo é lindo e extremamente divertido de jogar, no começo. Depois , perde-se a graça e a vontade.

NOTA DO GAME – 3,5/5.

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